Corte de gastos em São Caetano/SP deixara campeões desempregados.

20/01/2011
São Caetano, SP

A decisão da prefeitura de São Caetano do Sul (SP) de reduzir o investimento no esporte de alto rendimento deixará cerca de 720 atletas desempregados, entre eles diversos medalhistas olímpicos e pan-americanos, como os judocas Carlos Honorato e Edinanci Silva e o lutador de taekwondo Diogo Silva.

O corte orçamentário de cerca de R$ 1 milhão, anunciado na terça-feira, caiu como uma bomba para técnicos e atletas das modalidades afetadas, como boxe, judô, taekwondo, entre outras. Os investimentos serão mantidos apenas no atletismo, futsal e ginástica artística, esportes que contam com outros patrocinadores, e nas categorias de base.

"Estamos fazendo uma readequação do gasto da Secretaria e resolvemos dispensar estes atletas. Mas no futuro eles poderão ser recontratados. Até o fim de fevereiro teremos uma decisão final", afirmou Mauro Chekin, secretário de esportes e turismo da cidade.

Enquanto a resposta final não sai, caberá a cada técnico definir o rumo de suas modalidades.

"Ainda não deu para assimilar esta notícia, fiquei muito triste. O boxe sempre deu retorno e agora vão acabar com tudo. Infelizmente, no Brasil esporte e política andam juntos. Vamos ver se existe alguma outra cidade interessada no projeto", disse Servílio de Oliveira, coordenador do boxe na cidade, que lembrou o título mundial de Valdemir Pereira, o Sertão, em 2006.

A diminuição do investimento no esporte de alto rendimento colocará em risco a hegemonia do município nos Jogos Regionais e nos Jogos Abertos do Interior.

Em um comunicado divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura de São Caetano, foi informado que a verba antes destinada ao esporte de alto rendimento será "investida fortemente em 2011 nas modalidades de base, ampliando o número de professores e funcionários nos clubes municipais para atender a população".

Apostando nisso, o coordenador técnico do Serc Santa Maria, Maurício de Oliveira, tentará manter a natação no quadro da Secretaria.

"Há 90% de chances de seguirmos com o trabalho. Como nosso foco sempre foi a base, acho que não teremos problemas", afirmou.

Terra - Divulgação JUDOinforme