Porto Alegre, RS
O medalhista olímpico de Atenas-2004 Flávio Canto esteve em Porto Alegre nesta terça-feira. Ele veio à Capital para passar o dia com o bicampeão mundial, João Derly, que está se preparando para a segunda fase da seletiva nacional. O resultado desse encontro poderá ser conferido no programa Sensei Sportv do próximo sábado.
Pela manhã, os dois dos principais judocas brasileiros gravaram no tatame da Sogipa, juntamente com o treinador do clube e diretor técnico da Federação Gaúcha de Judô, Antônio Carlos Pereira, o Kiko, e de Moacir Mendes Júnior. À tarde, Flávio visitou a casa de João.
“O João é um grande atleta e já provou que tem uma grande capacidade de superação”, afirmou Flávio Canto. “Estou torcendo muito por ele”, completou o dono da medalha de bronze da categoria meio médio dos Jogos Olímpicos de 2004.
Projetos que dão certo
Além de serem dois dos maiores nomes da história do judô brasileiro, João Derly e Flávio Canto têm outro fator em comum. Ambos mantêm, em suas cidades, projetos sociais. João, o Instituto Pódium, e Flávio, o Reação. A “mais tempo no cargo”, Flávio projeta saltos ambiciosos para os Jogos Olímpicos do ano que vem: “Pensamos já em medalha em 2012. Temos muitos atletas em condições de representar o Brasil”.
Entre as judocas que defendem o Reação está Rafaela Silva, atual campeã mundial sub-20 e medalha de ouro no Grand Prix de Düsseldorf, no último final de semana.
Flávio mira Londres
Flávio está na briga para representar o Brasil em Londres, no ano que vem. Porém, terá de superar Leandro Guilheiro para isso. Ele reconhece que a tarefa não é nada fácil, mas isso não é motivo de preocupação: “O Leandro é um grande amigo meu. Mesmo se ele ficar com a vaga na categoria, vou ficar feliz. E sei que ele também se ocorrer o contrário”, diz. “O fato de a Olimpíada na Inglaterra, no pais que eu nasci, é uma motivação a mais.”
Nem mesmo a lesão no joelho, que sofreu no fim do ano passado, é capaz de tirar a sua tranquilidade. “Estou mais me divertindo que competindo. Não tenho mais pressão e isso tem dado certo. Estou competindo mais leve. Dessa forma, tive bons resultados em 2010.”
As lutas pelo Brasil, entretanto, terminam no ano que vem. A partir de então, a missão é dos mais novos: “Temos outros atletas que podem representar o Brasil. Meu ciclo olímpico se encerra em 2012. Depois, penduro minha faixa”.
(Foto: Miguel Noronha)
Divulgação JUDOinforme
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