terça-feira, 4 de outubro de 2011

Marcele é protagonista de mais uma história de superação através do Judo.

05/10/2011
Rio de Janeiro, RJ

Marcele é surda congénita; possui surdez bilateral de severa à profunda e é judoca.

Nasceu na cidade de Petrópolis, RJ e foi lá que começou a praticar o judô.

Na ONG COMAC foi que o professor Ronaldo França de Carvalho, faixa preta, 5° DAN, teve a iniciativa de ensinar judô para crianças surdas e após dois anos de experiência Marcele graduou-se faixa amarela, porém por necessidade de acompanhar tratamentos no Rio de Janeiro, ficou um pouco afastada do judô em Petrópolis. e começou a engordar, por falta de tempo para os treinos e as constantes viagens de Petrópolis ao Rio.

Desta forma começou à treinar no RJ onde enfrentou muitas dificuldades, foi preciso vencer a falta de inclusão que existe em projetos que dizem valorizar as diferenças; Quando na verdade valorizam os reais que a família tira de onde não tem para apoiar os filhos na prática desportiva.

Um outro problema que a atleta enfrenta está relacionado a comunicação. Nas competições e treinos faltam intérpretes de Libras. (Língua brasileira de Sinais).

A Libras é estabelecida por leia língua oficial do surdo brasileiro. LEI FEDERAL Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Por possuir uma língua própria, o surdo tem direito à acessibilidade comunicativa em qualquer ambiente de aprendizagem e está amparado pela ONU através da Declaração Universal Dos Direitos Linguísticos numa reunião realizada em Barcelona, Junho de 1996.

Aconteceu um fato no ano passado em uma competição em Cabo Frio, que ela foi esquecia em frente ao dojô de 9:00 da manhã até depois de uma hora da tarde, só descobrimos que ela ficou fora da disputa quando anunciaram a premiação de sua categoria, e apenas recebeu uma medalha de participação.

Sua mãe ficou revoltada pois havia feito uma rifa para conseguir custear a passagem de ida aquela cidade e pagar a taxa de competição. Mas isso tudo não fez Marcele desistir de sua jornada.

Conquistou no ano passado títulos estaduais, regional e o título nacional de campeã brasileira de surdos. Entre as dificuldades, no momento encontra a falta de patrocínio que mais a afeta pois o unico apoio que recebe vem do Fluminense Futebol Clube para a realização dos seus treinos diários e é o Clube que a atleta representa

Marcele hoje está com 13 anos. está na faixa laranja e sendo treinada pelo seu técnico Allan Dias que afirma torná-la campeã com a ajuda de sua mãe Jacqueline Jordão que traduz simultâneamente a beira do tatame suas solicitações.

Nesse ano embora tenha fraturado a clavícula no Torneio de Abertura da Federação de Judô do Rio, ficou fora da competição de maio porque estava se recuperando. Já em sua volta garantiu o 3° lugar na cidade de Queimados, na sua categoria -44/ sub15 feminino para o Fluminense e subiu o pódio novamente no Estadual.

Seu desejo é entrar para a seleção do Rio de Janeiro e lutar o Brasileiro e no futuro tornar-se faixa preta para ensinar judô à outros surdos.

Para a família ela ganhando ou perdendo será sempre campeã.
Prof. Rocha / Jornalista

4 comentários:

  1. Gostaria de deixar o meu comentario com referencia a participaçao da atleta na competiçao de Cabo Frio, como Pai de uma das atletas surdas, chegou ao nosso conhecimento(pais e responsaveis) dos atletas portadores de necessidades especiaias que participam do projeto, que uma atleta recem admitida no projeto (Marcele), gostaria de participar do Torneio, mais a Mae nao teria condiçoes de manda-la, o responsavel pelo projeto, Profº Eduardo, entao nos reuniu para que fosse proposta uma soluçao para nao deixa-la de fora do torneio, na qual de pronto nos solidarizamos e procuramos ajuda-la no que fosse possivel, e nao so comprando a referida rifa que a mae da atleta passou para os pais do projeto, como tambem complementando o restante dos encargos relativos com o transporte da mesma e sua responsavel, com dinheiro do nosso proprio bolso, e como participei com minha filha do torneio em questao, nao vi em nenhum momento qualquer dos atletas envolvidos no referido torneio, ficarem sem acessoria tecnica como foi destacado na materia, estou postando esse comentario por ser mais do que agradecido a figura do Prfº Eduardo, nao so pelo trabalho realizado por sua Associçao, mas tambem por toda a dedicaçao dada por ele as crianças portadoras de necessidades especiais, e nao aceito que ele seja desacreditado por pessoas que nao tem conhecimento do trabalho desenvolvido por ele, desde ja agradeço o espaço e me identifico abaixo.
    Helion Andre Carepa

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  2. bom primeira mente gostaria de dizer que sou além de aluno,um grande amigo do prof. eduardo duarte treinando aonde quer que ele fosse dar aula no periodo de mais ou menos 10 anos sou um dos alunos mais antigos e fiz com que meu irmão treinasse junto com a equipe, acompanhando o mestre eduardo aonde quer que ele fosse dar aula, o projeto deu inicio depois de uns anos e depois disso cresceu cada vez mais. sendo assim queria esclarecer que nunca foi cobrado qualquer dinheiro a ninguem, o projeto só aceita a colaboração de quem quer, para melhoria do nosso centro de treinamento no caso a colaboração é investida para nós mesmos . queria esclarecer tambem que eu estava presente no campeonato de cabo frio( citado acima ) e não vi em nenhum momento qualquer atleta ficar sem auxilio tecnico como consta na matéria acima. queria tambem dar os parabens ao meu mestre que lutou pelo espaço dos portadores de deficiencia e dizer a todos que não é qualquer um que faz tudo o que ele fez e que faz até hoje pois eu sei o quanto ele luta para o melhor de cada atleta e de cada aluno dando o tratamento absolutamente igual a todos pois somos uma equipe, uma familia e valorizamos a união.
    Roberto Cerqueira Monvoisin Filho ( beto ) - faixa marrom

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  3. Eu, Paulo Alcântara, sou ex judoca na AVD e integrei a seleção que foi a Taipei. Comecei a treinar desde pequeno na Guarda, e outros locais, onde sofria com a dificuldade na comunicação. Meus pais são surdos, e eu sofria demais. Difícil um ouvinte imaginar o quanto sofremos! Meu sofrimento acabou quando encontrei meu Mestre Eduardo.. agora sou grato por tudo que ele fez por mim e todos os demais surdos que passaram pelo projeto. Vi o professor pagar muitos campeonatos para os surdos competirem, já que a grande maioria era pobre ou não tinha apoio da família. Também ajudava conseguindo trabalho, consultas médicas, documentos e etc. Sempre dando todo o apoio possível, não só no judô, mas em tudo que precisávamos. Façam uma pesquisa o que era o esporte de surdos antes e agora... esta tudo muito melhor mesmo!! Sou grato ao Mestre Eduardo....que também chamo de pai 2o
    Paulo Alcantara- Ex-Judoca

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  4. Michael Stevan
    Boa noite, bem em primeiro lugar quero agradecer ao Prof. Eduardo Duarte pelo atleta que me tornei.
    no inicio de 2007 eu sai do projeto criança dentro da faculdade IBMR, onde eu praticava judô, mas tive que sair por eu ter já completado meus 15 anos de idade.
    nesse tempo que eu fiquei parado, minha familia ficou procurando algum lugar para eu voltar a treinar até que no final de 2007 esse lugar foi encontrado.
    Esse lugar foi o Projeto valorizando as diferenças com o Prof Eduardo Duarte. bom que eu me lembre ele não me cobrou nenhuma taxa para participar do judô e até hoje eu não vejo ele cobrando para ninguem. no nosso projeto são aceitas doações que são usadas para uso do próprio projeto.
    E hoje eu sei LIBRA, pelo fato de estar fazendo parte desse projeto, onde todos são tratados iguais mesmo tendo algum tipo de diferença. como já diz o nome do projeto Valorizando As Diferenças.
    Muito Obrigado Eduardo Duarte

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